Por Leonardo Andrade
Nesta quinta-feira começou a ser julgado pelo STF, a pedido do Ministro Edson Fachin, uma lei sobre o “abuso de poder religioso”. A lei busca impedir que candidatos realizem pedidos de votos ou que tenham qualquer envolvimento com as Igrejas. Segundo Fachin: “A adoção de tese prospectiva resguarda a segurança jurídica e, ao mesmo tempo em que reconhece numa sociedade pluralista a legítima presença de vozes religiosas na esfera pública democrática, traduz limites à extorsão do consentimento eleitoral por meio de práticas abusivas do poder religioso”, ressaltou o ministro.
Para Fachim as igrejas tem exercido um poder e tem mudado o rumo da política do nosso país.
A grande verdade, é que uma parte das igrejas acordaram para o debate político. As pessoas estão cada vez mais conscientes do seu papel perante a sociedade.
A igreja a muito tempo tem mudado a realidade do cotidiano, apenas o que ocorreu nestes últimos anos, foram que essa mudança se estendeu para a conscientização política. E isso ocorre não só no meio cristão, mas em todas as partes do mundo, o povo está “esperto” com a política. A verdade por detrás desta lei é a mordaça as igrejas e consequentemente os cristãos.
Se aprovado uma lei como essa a igreja vai deixar de ser igreja, isso mesmo, pois, será privada de influenciar. O papel predominante da Igreja de Cristo na terra é influenciar e não ser influenciada.
Certa vez Marx disse que “religião é o ópio do povo”, comentou o Filósofo. Na frustração de ver a incapacidade de “briga” ou “luta” dos religiosos, Marx acusava-os de estarem sob um estado de êxtase, entorpecidos resultado de uma droga chamada religião. O que nos chama a atenção é que em pleno século XXI, o efeito religioso do “madraço” não é mesmo nos tempos de Marx, a Igreja está acordando.
Essa lei vai de encontro aos padrões morais e a missão da Igreja e seu exercício. A etimologia, ou seja, o significado do termo Igreja, é oriundo da língua grega que significa “chamados para fora”. O real significado é que a igreja foi chamada para atuar fora dos padrões universais impostos pelo sistema pecador e opressor. Uma lei como essa irá privar a Igreja se exercer sua missão de influenciar o mundo. Na Bíblia Sagrada a Igreja é comparada a uma “Noiva”, pois bem, estão querendo sequestrá-la, algemá-la e amordaçando sua boca, impedi-la de executar qualquer ação.
Fato curioso, é que na reunião de pauta do STF, ao discutir essa lei, até mesmo o Ministro Alexandre de Moraes se mostrou desfavorável. Se já não bastasse os desmandos do STF, cometendo ações equivocadas, é o cúmulo do absurdo arrebatar o direito da Igreja em querer apoiar este ou aquele candidato. Realmente a censura do STF é algo assustador, como dizia Rui Barbosa “A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer”.