O Grupo CMPC anunciou nesta terça-feira (25/01) um programa de incentivo ao plantio de florestas, voltado a 71 municípios da Meta Sul do Rio Grande do Sul, incluindo toda a região Carbonífera. O investimento será de R$ 2,75 bilhões.
O modelo é semelhante ao de integração, adotado em outros segmentos do agronegócio. A meta do RS+Renda é adicionar 15 mil hectares cultivados em território gaúcho em 2022. Como contrapartida, a empresa oferece o fornecimento de mudas, o suporte técnico, colheita e transporte da madeira.
Segundo Mauricio Harger, diretor-geral da CMPC Brasil, há diferenciais nesse projeto, como a reputação da marca e a garantia de compra do produto.
– A principal frustração do produtor com outros programas foi em relação à descontinuidade, não tinha um projeto por trás, apesar do excelente retorno financeiro – disse.
Serão quatro modalidades diferentes de participação: parceria, parceria com compra antecipada (em que é possível antecipar até 70% do volume produzido por hectare anualmente), fomento e fomento social. Nas duas últimas, há possibilidade de subsídio para o financiamento de implantação.
Segundo a empresa, para o produtor os benefícios são o subsídio financeiro para implantação; suporte técnico para o cultivo; apoio para a implementação do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), vinculado ao Cadastro Ambiental Rural (CAR); antecipação anual de pagamento; garantia de compra da madeira; auxílio da empresa no combate a incêndios florestais; possibilidade de antecipação de pagamentos e suporte técnico ao licenciamento ambiental.
Hoje, a CMPC tem cerca de 25 mil hectares de plantios de eucalipto em convênio com produtores rurais, o que representa cerca de 10% da base florestal da empresa, de mais de 250 projetos. O custo médio de implantação é estimado em R$ 8 mil por hectare útil.
Outro ponto do projeto ressaltado pelo executivo é a sustentabilidade, com a contribuição para o sistema agroflorestal, e o alinhamento com a COP26. No evento de lançamento, debateu-se sobre o papel das florestas plantadas na captura de carbono na atmosfera.
O fomento ao cultivo também está alinhado ao investimento anunciado em agosto do ano passado pela empresa chilena, o BioCMPC, que vai modernizar e ampliar a fábrica de celulose em Guaíba. Com isso, a capacidade anual passará de 2 milhões de toneladas para 2,35 milhões de toneladas. A previsão é de que isso ocorra em novembro de 2023.
RS+RENDA
Os municípios onde o projeto será executado
Aceguá
Alegrete
Amaral Ferrador
Arroio dos Ratos
Arroio Grande
Bagé
Balneário Pinhal
Barão do Triunfo
Barra do Ribeiro
Butiá
Caçapava do Sul
Cacequi
Cachoeira do Sul
Camaquã
Candelária
Candiota
Canguçu
Capão do Leão
Capivari do Sul
Caraá
Cerrito
Cerro Grande do Sul
Charqueadas
Cidreira
Cristal
Dilermando de Aguiar
Dom Feliciano
Dom Pedrito
Eldorado do Sul
Encruzilhada do Sul
General Câmara
Guaíba
Herval
Hulha Negra
Itaqui
Jaguarão
Lavras do Sul
Maçambará
Manoel Viana
Mariana Pimentel
Minas do Leão
Osório
Palmares do Sul
Pantano Grande
Pedras Altas
Pedro Osório
Pinheiro Machado
Piratini
Porto Alegre
Rio Grande
Rio Pardo
Rosário do Sul
Santa Margarida do Sul
Santa Vitória do Palmar
Santana da Boa Vista
Santana do Livramento
Santo Antônio da
Patrulha
São Borja
São Francisco de Assis
São Gabriel
São Jerônimo
São Lourenço do Sul
São Sepé
Sentinela do Sul
Sertão Santana
Tapes
Tramandaí
Triunfo
Unistalda
Viamão
Vila Nova do Sul
