A Justiça de São Sepé negou o pedido de prisão preventiva, quebra de sigilo bancário, sequestro de bens e contas bancárias do negociador de gado que teria uma dívida de mais de R$ 30 milhões na compra de animais de produtores da região para pagamento a prazo.
Uma investigação teve início em 15 de junho na Delegacia de Polícia de Formigueiro. No dia seguinte, a Polícia Civil fez o pedido à Justiça. A solicitação foi negada nesta segunda-feira. A PC segue registrando ocorrências de produtores lesados em diversas cidades do Estado.
Segundo o delegado Antonio Firmino de Freitas Neto, titular da Delegacia de Formigueiro, o trabalho de investigação não para. Até agora, já foram registradas 14 ocorrências tendo o mesmo suspeito como autor.
– Um caso grave em que várias pessoas foram enganadas. Eu entendi que seria pelo menos em tese, estelionato com dolo pré-existente, ou seja, já pré-existia a vontade de enganar as pessoas. Ouvimos pessoas, juntamos provas e não podíamos falar muita coisa para não atrapalhar no trabalho da investigação – diz.
Segundo Firmino, a velocidade do trabalho da Polícia Civil não é a mesma do Judiciário e do Ministério Público, o que às vezes prejudica a investigação.
– A gente corre bastante, entra com as nossas ações, nossos pedidos, e fica esperando, aguardando, e assim as provas vão se esvaindo. A gente tomou todas as providências, já com 14 ocorrências registradas e um prejuízo que passava de R$ 10 milhões, eu representei pela prisão preventiva do autor, a quebra do sigilo bancário, afastamento do sigilo bancário, sequestro de bens, de contas, enfim, várias medidas. Depois de muita demora, tivemos indeferidos os mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva – revela o delegado, que segue trabalhando para tentar salvar alguns dos bens das vítimas.
Fonte: Bei