Prof. Leonardo Andrade
O cenário político no Brasil está com os “nervos à flor da pele”. A pedido do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Celso de Melo, o vídeo da reunião de ministros do Presidente Bolsonaro deveria ser exposto na íntegra, apenas, com edições em poucos detalhes, no que tange as relações externas com a China e o Paraguai. A exibição deste vídeo na íntegra foi um pedido do ex-ministro da justiça Sergio Moro, que em sua interpretação, apontava provas claras da interferência do Presidente na Polícia Federal. Entretanto, o vídeo que serviria para a ruína do governo atual serviu como um verdadeiro “palanque” para Bolsonaro e seu governo na reeleição de 2022. Tamanha foi a repercussão positiva para o governo que simultaneamente a exibição do vídeo, a Bolsa de Valores teve alta e o dólar, que vem crescendo assustadoramente, despencou!
Alguns apresentadores enfatizaram a falta de polidez no discurso do Presidente Bolsonaro, segundo eles, seu discurso foi recheado de palavrões e ataques. A grande verdade, é que Bolsonaro nunca foi de “passar panos quentes” nas coisas, sempre disse tudo o que queria e o que pensava e isso foi o impulso para a vitória e ascensão. A falta de polidez no discurso não invalida o sitiz in leben, ou seja, o seu contexto, que ficou bastante claro nas falas veemente do Presidente aos seus respectivos ministros, é que ele realmente se preocupa com o povo. Todavia, é melhor ouvir “[…] verdades grosseiras do que mentiras fofas” (Renata Barreto, In: Grande Debate/CNN-Brasil).
Mas o que mais me chamou a atenção em tudo isso foi sem dúvidas a fala do Ministro da Educação Abraham Weintraub, que disse o seguinte: “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”. Esta fala foi muito criticada e será motivos para grandes debates políticos durante a semana. O ministro inicia sua fala realçando sua decepção com “Brasília”, no caso, os políticos. No livro “Político para não ser idiota”, o filósofo Cortella declara que o político deveria cuidar dos anseios do povo, ao contrário, semanticamente age como um verdadeiro idiota, ou seja, ele lit. “olha para si”. Isso retrata o cenário da política atual, onde os homens eleitos, que deveriam cuidar do povo, só olham para seu “umbigo”, essa é a frustração do ministro. Realmente isso causa decepção e agrava ainda mais o discurso. Weintraub realmente se despiu da sua armadura, do politicamente correto e se vestiu dos desejos do povo brasileiro. A fala do Ministro da Educação era como um “espinho na garganta” de todos os brasileiros. Não é de hoje que a população pede e exige um pulso firme do poder Executivo diante aos desmandos e interferências do STF.
Como estamos vivenciando um período do politicamente correto, muitos irão de certo pedir a renúncia do Ministro. Provavelmente, alegando que suas afirmações não estão em acordo com os padrões morais éticos de um ministro, principalmente da educação. Mas, a verdade tem que ser dita, qualquer pessoa de bem “sempre quis dizer isso”, mas em meio a quase 200 milhões de brasileiros, seria apenas “um”, mais do mesmo. Precisava alguém de destaque para colocar os ministros do STF em seus devidos lugares e fazer valer a voz do povo brasileiro.
Esses tais “vagabundos” têm agido de forma leviana e além disto tem prestado um desserviço à população brasileira. Usurpado um poder que não lhes pertence. Um exemplo disso a história cristã de Caim, após matar Abel seu próprio irmão, fugiu para um lugar chamado Node, para ser andarilho. Um fato curioso é que no idioma original do texto do livro Sagrado de Gênesis, o termo Node e andarilho significam a mesma coisa, no caso, “vagabundo”. Um ciclo é remontado na atualidade brasileira, o STF, como Caim, deseja ver Abel morto, ou seja, seus irmãos e compatriotas e se deslocar para um lugar onde exibirão quem realmente são: “vagabundos”.
As falas calorosas e sem polidez, ingressado no vocabulário do Presidente e de até alguns ilustres ministros foram um resultado da mudança do pensamento político no Brasil. Mas essa mudança nasceu principalmente do povo, que escolheram esse tipo de político e rejeitaram os mais polidos de outrora. O povo realmente está aprendendo a ser “povo”. Quando digo isso não é a minha intenção cometer uma redundância e sim uma alegação no campo semântico da palavra povo. O termo povo na língua grega é demo, daí que surge o termo democracia que é lit. “governo do povo”. Pois bem, chegou a hora do povo voltar a ser “demo”, ou seja, no aspecto vulgar cristão “causar pavor” e “medo”. O Povo precisa saber e deve reconhecer o grande poder que tens! E esse poder é exercido através da soma de cada um, cada voz, que somados a uma voz, ou a quem deseja incorpora-la que: O Brasil não tem espaço para vagabundos!
Lembre-se! Se este governo for mal, o Brasil também irá mal. Desde a ascensão do Bolsonaro pude observar vários pessimistas, dizendo que o Brasil iria afundar em uma crise política e econômica. Porém, como diz o Filósofo Mário S. Cortella em entrevista à CBN: ‘Todo pessimista é um vagabundo’ Ele prefere acreditar que nada pode ser feito em vez de ir atrás. É uma forma muito desistente de cuidar da vida. É muito cômodo. E como disse, reitero: O Brasil não tem espaço para vagabundos!
Enfim, o povo está com Bolsonaro. O povo está cansado de promiscuidade exibida gratuitamente na mídia, e faz valer a voz moral e dos princípios da família. O slogan presidencial sempre foi “Deus, Pátria e Família”, o que na verdade, nunca foi um slogan e sim a vontade de todos os brasileiros de bem que creem e temem a Deus, amam sua Pátria e prezam pelos valores familiares conservadores.
Leonardo Andrade escritor Teólogo, Filósofo e Historiador. Pós graduado em Ensino Religioso, Ética e Filosofia e História e Cultura Afro-Brasileira. Especialista em línguas semíticas e cultura, Costumes e tradições da Bíblia