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Adolescentes & Pensamentos

Por Linda Sanhudo

Com tanta informação acumulada, internet, amigos virtuais, áudios que chegam a cada segundo pelo telefone de várias maneiras possíveis e mesmo assim nossos jovens sentem solidão que parece se agigantar ainda mais.

O diálogo tão sonhado está cada vez mais distante, pois para contrariar a expectativa alguns falam mais pelo celular do que ao natural. Ainda penso que temos capacidade para apertar uma teclinha que está nos separando de termos uma relação de amizade e afeto com nossos filhos; mas os números nos mostram que essa estatística cresce ao invés de diminuir.

E se antes os pais diziam “criança não se intromete em conversa de adulto” por que hoje quando uma criança chora a primeira coisa que se ouve é ” dá o celular pra ela”.

Antes famílias em volta da mesa, e era maravilhoso tudo, hoje celular ao lado do prato, a modernidade que chega e ao mesmo tempo a falta de diálogo cresce. E será que sabemos o que povoa o pensamento dos pequenos, dos nossos adolescentes? E que influência chega através de uma mensagem? Muitos de nossos jovens tem o semblante sério, triste e de preocupação. É natural que se preocupem, mas não demasiado.

Precisamos estar atentos para as atitudes, perceber se a rotina deles não está alterada. Quando os pensamentos se desordenam na mente, ou se repetem tirando a tranquilidade, o sono, o brilho, o sorriso tudo isso é preocupante.

Todos nós hoje temos o dia corrido, e pensando em todo o resto é que deixamos passar despercebido o sofrimento de um jovem. A experiência dos adultos ao saber lidar com decepções e problemas não os separa de se depararem com situações completamente opostas ao que eles estão vivendo. Se os filhos não encontrarem na família o porto seguro onde irão ancorar seu navio quase a naufragar?

É nosso papel achar um tempo para ouvir, uns minutos para fazer aquela cócega gostosa que quando estão ficando grandinhos já não gostam mais, um tempo para abraçá-los mesmo que eles fiquem sem jeito. Pois o melhor abraço é aquele que recebemos sem esperar, e o melhor convite é aquele inesperado ” vamos passear filha” ? Na mente deles pensamentos se agigantam, e nosso abraço tira aquela espessa nuvem…

Não espere seu filho ficar sozinho que os outros percebam que ele está se sentindo sozinho. Seja a segurança que ele precisa, a gargalhada gostosa queira sempre ouvir. E se isso não estiver acontecendo se preocupe, e então não julgue se ele deixou a cama sem arrumar, se não tirou o prato da mesa. Se preocupe se ele não quiser sair, nem conversar, nem ouvir música. Ele está desesperadamente precisando de carinho, de amor, de apoio. Então seja o ouvido que ele precisa, ficando pertinho sem questionar. O abraço que ele tanto precisa, e que o seu amor o ajude a vencer essa árdua batalha que muitas pessoas não entendem, mas que se chama Depressão. E que Deus acrescente a cada um de nós empatia para poder ajudar e entender, saber que aquela dor ou sensação de fuga que a pessoa tem é o que a torna muito frágil, que nossa presença e amor seja bálsamo para quem precisa.

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