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Mesmas obras? Sei não…

“…fará as obras que eu faço, e as fará maiores…” João 14.12

Que promessa extraordinária! Que frase ousada, que desafia o mais fervoroso homem de fé.
Em verdade, quando lemos ou ouvimos sobre este versículo, nossa mente, sempre triunfalista, logo imagina Jesus devolvendo a visão ao cego, a audição ao surdo, levantando um paralítico, expulsando uma legião de demônios, ressuscitando um cadáver, etc., e também já se imagina realizando estas mesmas obras.
E não está errado não! A promessa diz respeito sim, também, a estes sinais, que os torna maiores pela ausência de Jesus, conforme ele diz no verso seguinte.
No entanto, o que nossa mente triunfalista desconsidera, ignora e até mesmo esquece, é que antes desse Jesus poderoso, que atuou apenas por três anos e meio, tem um Jesus que foi integralmente HUMANO e que teve toda uma vida, toda uma história por longos 30 anos de obras realizadas. As últimas obras foram o bônus das obras de seus 30 anos, que eu chamo de ônus.
Como tal, ele foi bom filho, honrando sua mãe, seu padrasto José e seus irmãos e irmãs. Se fosse casado e tivesse filhos certamente que seria um excelente marido e extraordinário pai. Teve uma profissão (não acordava meio dia), trabalhando como carpinteiro para seu sustento e de sua família, e ainda pagando seus impostos (nenhum judeu deixava de pagar altos impostos a Roma), sem “maquiar” sua declaração de imposto de renda (risos).
Teve seus círculos sociais no decorrer da história, cumpriu as liturgias obrigatórias de sua religião, foi cumpridor das leis de seu povo e das leis do povo que os colonizou, comeu, bebeu, dormiu, orou, etc., enfim, antes de ser um excelente Messias, foi um excelente cidadão, filho, irmão e religioso, sem ferir pessoas, sem mentir, defraudar ou “dar um jeitinho” às coisas, sem brigar com ninguém, pagando suas dívidas, cumprindo horários e compromissos, etc., o que certamente lhe conferiu poder e autoridade para dar início ao seu meteórico (rápido), mas poderoso ministério.
Enfim, antes de ser um super-mega-blaster homem de Deus, Ele foi simplesmente HOMEM. O homem que ao iniciar seu ministério, ouviu de Seu Pai: “este é o meu Filho amado, em quem tenho tanto prazer”.
Certamente que se Jesus não tivesse sido um bom homem nestes 30 anos de vida, o Pai não teria tanto prazer assim nele.
Creio que talvez seja isto que esteja faltando em muitos homens e mulheres de Deus que, sei lá pra quê, querem realizar somente as obras dos três últimos anos de Jesus, desconsiderando as obras realizadas nos seus 30 primeiros anos. Querem o bônus, sem querer o ônus.
E isso causando muito prejuízo, pois muitos têm negligenciado a família, as obrigações sociais e políticas, o trabalho e ainda querem ser os super-heróis da fé.
Antes de querer ser um homem de poder, quero ser simplesmente e integralmente um HOMEM.
Ah, e um bom homem, em todas as esferas da vida. E você?
Que Deus nos ajude.

Fonte: Gospel Prime por 

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