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Ministério da Saúde recua e libera vacinação de adolescentes contra covid-19

Anúncio ocorre após confirmação de que morte de jovem de 16 anos não estava relacionada à imunização

O Ministério da Saúde recuou e voltou a liberar a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades contra a Covid-19. A imunização na faixa etária foi retomada uma semana após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticar campanha antecipada dos estados e falar que existem “eventos adversos a serem investigados”.

No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems/RS) já haviam decidido manter a vacinação, independentemente  da orientação do Ministério. Uma remessa de imunizantes da Pfizer foi enviada aos municípios nesta quarta-feira, para dar prosseguimento à imunização dos asolescentes.

“Os benefícios da vacinação são maiores do que os eventuais riscos dos eventos adversos da sua aplicação”, informou o Ministério nesta quarta-feira (22/09). “Comparando tudo o que foi aplicado, mesmo com esses supostos erros de imunização, é um percentual muito baixo (…) então, hoje o Ministério não suspende mais de forma cautelar a imunização em adolescentes sem comorbidades”.

O anúncio ocorre após um Comitê formado por representantes do Ministério, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmar que a morte de uma jovem de 16 anos de São Bernardo do Campo, ABC Paulista, não está relacionada com a vacinação contra o coronavírus.
A Anvisa já havia apontado na segunda-feira (20) que não havia relação causal entre a morte da adolescente em 2 de setembro, com a vacina da Pfizer contra a Covid-19.

O diagnóstico concluiu que a jovem não apresentou qualquer doença cardiológica e sua morte foi causada por um quadro clínico característico de Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PTT), uma doença autoimune.
Anteriormente, no dia 17 de setembro, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo já havia concluído que a morte da jovem decorreu da PTT. Na ocasião, a Secretaria afirmou que se tratava de “uma doença autoimune, rara e grave, normalmente sem uma causa conhecida capaz de desencadeá-la, e não há como atribuir relação causal entre PTT e a vacina contra COVID-19 de RNA mensageiro, como é o caso da Pfizer”, afirmou a secretaria.

Com informações do portal G1

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