por Linda Sanhudo
Nosso dia pode começar cheio de alegria e com muitas expectativas desde o amanhecer, mas ao nosso redor podem haver pessoas que não estão na mesma sintonia. O dia é corrido, e muitos de nós temos várias responsabilidades, como o lar, a família; para alguns, os estudos; e para muitos, a combinação de estudo e trabalho.
E damos conta de tudo isso? Sim, porque Deus nos deu inteligência, visão e percepção para que, nessa jornada chamada vida, possamos ser luz. Que iluminemos com nosso sorriso e nossa presença, onde quer que estejamos. Ele nos concedeu uma imensa capacidade de realizar várias coisas, e por isso podemos ser úteis em diferentes lugares — seja no trabalho, na escola, na comunidade ou no ambiente em que estamos inseridos.
Nesse processo de ir, ser e fazer, vamos trilhando nossa estrada, subindo degraus e destruindo as barreiras que, às vezes, tentam nos impedir de alcançar nossos objetivos. Ao longo desse caminho, conhecemos muitas pessoas, e, com o tempo, aprendemos a perceber, até pelo simples “bom dia”, se alguém está passando por um momento difícil.
À medida que dividimos tarefas e cruzamos o caminho uns dos outros, existe algo que muitas vezes não percebemos. Não devemos nos culpar por isso, mas a verdade é que, em sua falta de sorrisos, no silêncio ou na ausência, algumas pessoas estão quase gritando por socorro. Que Deus nos dê a sensibilidade para perceber quando isso acontecer.
Antigamente, não tínhamos redes sociais. Hoje, encontramos pessoas que moram do outro lado do país e, em segundos, podemos falar com elas, ouvir sua voz e matar a saudade em uma rápida chamada de vídeo, dando boas risadas.
No entanto, às vezes somos surpreendidos por notícias tristes de alguém que há muito tempo não vemos, ou de alguém que estava doente sem que soubéssemos. Pior ainda é quando uma pessoa se afasta de tudo e de todos, e não se sabe o que a levou a se isolar. Ela foi sucumbindo a pensamentos que se tornaram gigantes, tornando-a frágil, diminuindo suas forças, até o ponto em que talvez não tenha mais energia para lutar ou gritar por ajuda. Talvez ela sinta que sua voz não sai, e sozinha, com suas dúvidas e pensamentos esmagadores, foi perdendo a vontade de viver.
Se você, que tem Deus, família, saúde e amigos, perceber alguém que possa estar se sentindo assim, por favor, busque trazer essa pessoa de volta à vida.
Estamos em setembro, o mês de prevenção ao suicídio. Vamos resgatar a esperança enquanto há vida. Que possamos ser vida onde há escuridão, alegria onde o sol não está brilhando, e que possamos levar Deus, porque quando Ele chega, a história muda.